domingo, 16 de dezembro de 2007

Tudo que se despe,se despede e despedaça.

Lenine


excesso de superfície.
incutir poesia e moldar.
ao meu modo.
Não sabe ainda. não sabe.
17/12 às 24:48

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

São tantos decibéis pra abrir esse caminho
De coração aberto hoje ninguém fica sozinho ººº



Como numa amorosa cantiga
Hoje, com aquele espanto da primeira dor
Acordei chorando, rondando o apartamento
Numa entrevista de Godard na mão
Três fantasias na cabeça
O teto tão baixo,
fui até o centro Lírico Ulisses devorador de Milk Shakes
Em passos rápidos dizia para os espelhos das vitrines
Alô Marina Vladi, imitando aquele jeito do cabelo
Alto-falantes das lojas
me arrepiam
Por pouco não me sinto enamorada
Aí, soprando um café de máquina
Com a voz do Rei na barriga
Jobim no coração
Espelho caixa de contatos
Assobio no elevador
Uma canção me consola
Enquanto mamãe faz tricô
Penélope distraída
Preciso sair de casa...
Se alguém tocar seu corpo como eu, não diga nada...
Se alguem tocar seu corpo como eu, não diga nada...
Se alguem tocar seu corpo como eu...
Se alguem tocar seu corpo...
Se alguem tocar seu corpo como eu,
não diga nada
Não diga nada...
Se alguem tocar seu corpo como eu, não diga nada..
Não diga nada...
Não diga nada...
Se alguem tocar seu corpo como eu,
não diga nada... Não diga nada....
Porto -------

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Nabokov

Hoje acordei sem saco pra facul,descalça (melhor do pé) andei pela casa como sempre faço de manhã à procura de algo pra fazer.Detive meu olhar num certo livro de capa azul( sim,aquele que peguei na tua casa faz tempo).Não que processo civil,civil e trabalho tivessem que ser desconsiderados, mas VladimirNabokov e sua Lolita sugaram minha atenção pra seu bequinho escuro.Umcd da Drik, bem ácido (do nossos velhos tempos).E um sofá.Pijaminha rosa,óculos. Faz tempo que não me impressiono com ninguém.Nada além do que um encantamento momentâneo e algumas linhas.A idade, você, adivinhar um nome nada comum em meio a uma multidão de estudantes,ir pro Rio com isso em mente, conversas e andanças com mulheres pensantes, gente original.Tudo isso somado ao meu conhecido poder de observação(que só funciona com os outros) me fazem cada dia mais cética.Embora minha natureza seja de inquietude plena e o coração esteja sôfrego pelas futuras batidas que não podem parar,parafraseando Clarice, tô sem ânimo pra tentar entender a rotina ou o motivo de cada um.No máximo alguns scraps ou até uma ligação desconexa no meio da noite.Nada mais.Na sua época talvez uma menina pulsasse além em mim.Hoje essa menina sentou.Tá lá agora sentadinha.Agoniada por vezes não nega a natural índole né?Irritada como agora,mais consigo do que com qualquer um.Mas é isso.Calada.Chegamos (eu e ela) depois de três meses com experiências peculiares a uma conclusão:Química não rima com habitualidade. E os versos,contos e desatinos esses continuam sem título,se endereçados errados, tais equívocos nos serão perdoados pois agora eu e a menina estamos quietinhas.Quem sabe um batuque, um olhar, um sorriso,daqueles que nós soubemos um dia em alguns rostos, poucos mas intensos.Quem sabe assim não saímos pra dançar ao sabor do acaso??
ah esse acaso me toma por tola,louca,rouca.me toma demais.
Bella 15/06/07 as 22:52

domingo, 2 de dezembro de 2007

de soquete no asfalto ao meio-dia

Amor Quente ¬¬Cazuza/ Gessinger/ Renato Ladeira ¬¬

Preto no branco
Amarelo,
um pouco de azul
Noite estrelada
Peito feliz
Olho no olho
Pintura a quatro mãos
Tintas claras
O mesmo cigarro
Isso é amor
Amor quente
Água de coco pra dois
Porta do carro aberta
Vento morno da areia
Palavras mentirosas
Isso é amor
Amor quente
Cama de casal
Luz bem baixinha pra ver
Gemidos de dor e alegria
Sair de si por três minutos
Isso é amor
Amor quente
Supermercado, escolher iogurte
Fazer compras juntos
Brigar por besteira
Isso é amor Amor quente
Tomar café, banho, brisa, Champanhe,
tristeza, beleza
Cremes, músicas,
sucos, água ,
Drogas, fumo,
passar perfume
Isso é amor
Amor quente

¬¬¬bem sugestiva não? ¬¬¬


apronto o palco,
escolho as personagens ,
faço a cena ,
ensaio,
esqueço a fala ,
improviso,
decodifico ,
pulo de soquete
no asfalto ao meio dia,
extrapolo,
violo qualquer conceito são,
perco a coragem,
saio correndo,
retorno,
reviso o texto,
conserto o cenário,
tantas idéias na cabeça,
todas as reações são adversas,
meus monólogos nasceram pra diálogos
troco a personagem?


bella 3/12/07 às 2:33 a.m.