As soleiras das portas tão empoeiradas que mal se vê o que há por dentro quando cheguei de viagem.
E eu chego sem saber , fico sem querer na janela com uma fresta bem pequena observando os vultos e as risadas em meio à escuridão tonteante e nesse canto ingrato o mofo se mistura com o cheiro de madeira molhada e impregna a atmosfera que envolve minhas batatas e meus pés doloridos afrouxam um pouco e a vista está turva, mas isso não impede que as raízes do meu canto brotem com força tamanha que me sinto sufocada e suja.
Escuto as vozes e as risadas e o drama se desenlaça, estou quase sufocada e não posso participar dele.
Mas eu quero eu mereço eu luto o drama é meu também.
A viajante e as soleiras das portas de estranhos.
10/12/08 as 23:22
Também viajo sempre... e nem sempre posso me encontrar...
ResponderExcluirSinto sempre, mas nem sempre posso dividir....
Sonho sempre, mas nem sempre posso realizar.
leio sempre, mas nem sempre consigo expressar o quanto gostei!
Muito bom....poucas palavras para não errar. Rs.
ResponderExcluirbjs