quinta-feira, 3 de setembro de 2009
PUTAS PÚRPURAS. SEM NOME
Chico mulato, chapéu enviesado, carapinha lustrosa entornando o batuque do boteco das ladeiras da Lapa
Em meio ao fuzuê malemolente do baile funk das bundas mestiças, vadias, rainhas.
Bamba boêmia solene seguida de café e 'parati' embebedando o choro histérico dos crus.
Nus.
Descalços.
Percalços.
Sambando a opulência devassa
Dos que não têm vergonha nem nunca terão,
Dos que não têm censura nem nunca terão
Subvertendo surdamente a sintaxe dos desvalidos.
Delirantes como são os orgasmos dos que não se fantasiam...
MERETRIZES, celebrando por serem
As PUTAS.
PÚRPURAS gozando do gozo
Da Pudica
Desfaçatez das ladies.
De suas vulvas volúveis ecoam
Os segredos das luvas sedosas
Das Madames de renome.
Putas purpúras de vulvas volúveis.
Sem nome.
Delas são todos os homens
Das Madames de renome.
Deleitantes dos delírios desvairados
Damas da 'imundiça' intumescendo os seus que repousam
Frouxos,
Murchos,
Fartos,
Mortos de cansaço,
Nas vulvas volúveis das putas púrpuras sem nome.
3/09/09 às 04:35 a.m.
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Intensidade, muito prazer.
ResponderExcluirEssa é a Bel vestida do cortiço (que há em todos nós ou bem mais além)
Vou guardar esse poema na memória, pra quando virar um cafetão. (Sim, isso é um puta elogio.)
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei amiga... ainda mais a nossa foto!!! Vc escreve com a alma, adoro isso! Putas Purpuras sem nome ;) Amo vc!!!
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