
Nossa, tanta coisa aconteceu comigo nesse começo de ano, houve abundância tamanha de parênteses, que um se sobrepôs ao outro, formando um conglomerado gráfico que atinge proporções consideráveis até a data de hoje com previsão de crescimento nas próximas semanas e meses.Consolido minha teoria inicial sobre *Dialética Lírica* e os mecanismos das relações humanas.
O caso é que sobram pessoas importantes na minha vida e faltam as que realmente me entendem.Sim, porque amizade não é sinônimo de entendimento, também não elejo como requisito básico de amigo a predisposição a essa compreensão, porém sinto que a carência do "falamos a mesma língua " começa a mostrar sinais evidentes e isso me chateia.
Possuo diversas facetas,da dionísica hedonista destilada, aquela do 'manhecer' ao som do tamborzão à introspectiva bruta, aquela do manhecer em frente ao pc refletindo e mastigando acontecimentos. E existem seres e seres.Alguns se assustam quando mostro meu refúgio catártico.
Acho que cuspo palavras demais na transição oba-oba.
Outros,me pergunto se são adaptáveis aos ambientes diversos de convivência.
Na dúvida, ficam sem conhecer o meu lado escrachado e desbocado.
Entre esses extremos, vou angariando figuras humanas notáveis ao pequeno laboratório vivo da dialética lírica.
Só que chega um momento que você cansa dos parênteses e satura-se com o excesso de críticas ao seu modo de ser.Chega de parênteses!
Esse insight me veio depois de uma ligação (é incrível como só percebo nuances e fico puta depois que a situação ocorreu), ou melhor ,do final da ligação: "Amiga, fica bem tá?!"
Porra, por que raios eu estaria mal?Por que não tenho namorado, gosto de muitas cores e saiões, não faço escova, tampouco uso salto,minhas unhas brilham no escuro, minha risada é estridente.... Por isso? Que mania chata de tentar me mudar quando não quero ser mudada..Eu não tô bem porque não fui a um show que nem sei o que cantam só porque todo mundo ia?Ou porque, prá variar, um bofinho diz que gosta de mim e pega a primeira baranga que aparece?Ah, ela acha que eu tô mal porque ele ia e não me chamou, deve ser por isso!
Sinto falta da Isa por causa disso, nunca encontrei pessoa mais parecida comigo do que ela, a gente convivia tranquilamente juntas com a presença dos dois extremos.Descalças na praia ou perdendo a linha no funk ou gritando nossas incertezas ou subvertendo. Mas sempre juntas!Isa & Isa
À respeito dos bofes a coisa tem que fluir naturalmente, sem essa do "código de conduta prá não dá a mancada da xonadinha ". A gente fica aguniadinha quando o dito cujo parece que é frio no msn logo depois de dizer coisinhas bonitinhas no encontro. O fato é que concomitantemente a ele, aparecem uns guris que você se diverte conversando , a conversa rola solta e sem precisar marcar o tempo e a maneira correta de dizer algo, simplesmente sai.
A verdade por enquanto me parece só uma: o troço quando flui, flui e pronto. Se não fluiu, cabô. fica de boa, parte prá outra. Embora tenha sido divertido e importante no processo "do desencana daquele bosta" ele não vai se retratar do vacilo que deu, quis ir pro show sozinho mérmo e você não acreditou quando ele disse pelo msn que tava com saudades né?
Atitude é prá quem tem coragem e predisposição prá me entender, quero algo que flua, carne e alma juntas fazendo tricô.
Ah, também tô com saudades e não vou sumir.Juro! e o show foi bom meu lindo?!
essa é a maneira correta de agir no msn.
Aboli os parênteses.
bella 13/04/08 às 5:35 a.m.
Texto complementar:
Dialética lírica
È incrível como de saltos em saltos,aparentemente inesperados, as coisas que mais fizeram sentido durante um tempo que parecia interminável simplesmente se desvanecem... levando com elas todo o significado de cada ato aloucadamente arquitetado..o mecanismo da dialética lírica consiste nisso,a contradição que advém com fatos novos resultantes do complexo contexto das relações humanas.
O lirismo é o elemento diferenciador que permeia a atmosfera desses conflitos, dando-lhes o substrato essencial à posterior nostalgia.ingrata nostalgia.
È devido ao excesso de lirismo sinestésico que há, muitas vezes, o embotamento momentâneo dos sentidos, levando-se à falsa impressão de plenitude de vibrações favoráveis.
De tal sorte, que incorre-se em falsas conclusões com relação à pessoas e situações, voltando-se sempre ao ponto inicial da contradição.
A minha eterna dialética lírica, mola propulsora das convulsões internas, "consumição produtiva".
21/02/08 às 1:18 a.m.por Bella
Nossa!
ResponderExcluirAmei o texto! E concordo q abolir os parênteses seria a melhor decisão a se tomar sempre!
O qt as pessoas nos limitam às vzs né?Esse texto me fez pensar sobre isso...
E mais além: o qt nós, msm sem qrer, nos limitamos por causa dos amigos, ou d pessoas q nem são assim, tãooo amigos... ou até d estranhos, pq n?
Tá certa vc Bel: n esconda vc msm d ngem! Ser o q se é e viver em plenitude com isso é uma dádiva!!
Vc já sabe q adooro o jeito cm vc escreve né?
Tá bom d vc atualizar isso aki, q vou tentar aparecer, ler, e comentar!
eu costumo dizer pras pessoas uma frase que eu fiz há alguma tempo, que amizade é compreensão e não obrigação.
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olá ^^
então vc tem um blog vivo ^^ adorei loucassa e vc tá aqui ó guardadinha no meu coração e num vai sair por nada viu =***
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