Clandestinos, genuínos,espontâneos.
Fantásticos!
Para mim o melhor casal da TV brasileira.
Wagner Moura soube emprestar à Olavo o tom irônico, de um humor sensível, ácido e tremendamente sedutor, que se revelava quando ele estava com Bebel e que fazia o telespectador esquecer da natureza calculista de seu personagem, o vilão da trama.
Bebel,uma prostituta do calçadão do Rio de Janeiro, explorada pelo seu cafetão Jader(interpretado por Chico Díaz) vê em Olavo uma oportunidade de ganhar "situação" e "catiguria"
No desenrolar de encontros furtivos, temperados pelas habilidades sexuais de Bebel, que "caprichou no trato" a Olavo ,os dois se ligaram pela química incontestável dos corpos, o que fazia o "mauricinho" não conseguir se livrar da "cachorra" do calçadão.
Bebel, dotada de uma sensualidade nata, espontânea, engraçada e mostrando-se por vezes indefesa e solitária,aliada à vontade de ter um cantinho seu, de virar "fixa" de um cliente que a trata-se bem, se apaixona desvairadamente por Olavo.
Nessa relação distorcida e mascarada, pois Olavo era noivo de uma "patricinha" insuportável, não faltaram tapas, xingamentos, sexo ardente, escândalos,destemperos de Bebel e ciúmes bem comportados de Olavo, condizentes com sua condição de empresário em ascensão.
Bebel,nua e crua, ela ama aquele "mané" e por isso não o denuncia, e Olavo, que descobre na dita "escória da sociedade" alguém com quem ele pode se revelar e se sentir livre das amarras das quais ele quer ser um dos donos.
Uma relação nada convencional e condenada, mas recheada de muito mais sincronia e "axé" do que a maioria das pseudorrelações da vida real e da telinha também.
Palmas para Camila e Wagner, por que só eles conseguiriam esse fino toque e para Gilberto Braga também.
Desde então, nós telespectadores, humildemente esperamos em nossos sofás, pela chegada de algum casal que nos faça vibrar de novo.
Chega desse bando de casal malfeito, nessas traminhas meia-boca, que não passam a menor emoção.
Fala sério.!
Aysha San.
11/11/2010
18:02
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