quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

CASADOS COM O ACASO (Poema de 4 mãos)

guapa!
 yo non hablo spañol
 yo non capisco le'italiano
 just speak this fucking english
 vontade de beber vodka
 e tornar meu mundo um poema
 por pelo menos uma noite inteira


Do que precisa esta poesia-mulher
 E em qual idioma preciso me especializar
 Para convidá-la a tomar algo numa madrugada qualquer
 E ela aceitar
 Solenemente
 Sem ressentimentos inesperados tão conhecidos 
 Como a loucura da vodka que ei de adquirir?
 Me diga, guapa


Deixa ver a tal da inspiração 
 Bom, a noite deve estar quente e estrelada ou fria e chuvosa?
 Não sei ao certo qual o poder da Lua 
 Nessa contemplação 

Se nao sabes o poder da Lua, ao certo, nao poderás poesiar
 Qualquer poeta de meio calibre sabe
 Que em qualquer olhar de guapa
 Vê-se Lua
 Brilho
 Alma
 Nua
 Jamais se compreende um olhar
 Sem saber contar a Lua em alguns versos
 Então,
 Humildemente
 Peço
 Continue!

A alma tão nua que crua se revela
 A quem a sabe despertar 
 E a Lua prata que na nua alma crua  marca o coração

Marcar?
 Marca de tomar a Lua num copo de vodka comigo e tudo se resolve pra sempre 
Por uma noite ao menos




Bebo qualquer coisa
 Bebo até da sua essência
 Pra continuar meu poema
Nosso encontro casual me encanta bastante
 Você  me inspira improviso
 Desdo ínicio
O teu encanto mora exatamente no teu acaso

Recolher-me-ei aos meus aposentos, 
Embebedar-me-ei ao lado de 6 cordas, 
Amanhecer-me-ei pensando em teus versos


É, por acaso o acaso
Mora bem do nosso lado
E o melhor de tudo:
Somos também quase-vizinhos



Roubar-te-ei, guapa, por uma madrugada qualquer
Poetizaremos livremente
À nossa maneira

A vida é uma puta poesia
 Puta-poesia
E nós vizinhos do acaso
Que mora bem ao lado

E lado a lado vamos vivendo nossa poesia interminável
Comemoremos à Lua
 Tão citada pelos poetas
 Bardos
 Apaixonados todos
Que banhou seu corpo todo quando conversamos
 Não nu
 (infelizmente... permita-me)

 Mas, 
 Desnuda de qualquer entrave
 Nenhum manto a prova de poesia
 Nenhum óculos escuro à prova de olhares

E então, em minha mais pura solidão poética
Deixo-te livre à poesia esta noite
Longe da minha vizinha companhia casual

Casados ao acaso.


 Besos guapo.


  Aysha San e Rafa  18/02/010 às 21:25


  










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